O ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul e juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira, pode deixar o PDT e seguir rumo ao PSD para ingressar na Prefeitura de Campo Grande. A estratégia faz parte dos planos do administrador de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), para manter um possível concorrente no pleito de 2020 ao seu lado, conforme informações de bastidores.

Sem o cargo no Executivo de Mato Grosso do Sul, Odilon já informou que na próxima eleição ele não deve compor chapa como vice-prefeito, a opção seria concorrer ao maior cargo do paço municipal ou então declarar seu apoio a algum dos concorrentes.

Conforme informações que circulam nos bastidores da política campo-grandense, o nome do juiz aposentado está sendo cotado para assumir o cargo de chefe da assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e da Técnologia (Sedesc), que até o dia 1º de março era ocupado por Viriato Pereira dos Santos, que foi exonerado junto com o então secretário, engenheiro agrônomo, Abrahão Malulei Neto.

A possível indicação de Odilon está vinculada à conversa que Marcos Trad teve com o ex-secretário-executivo da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec) Herbert Assunção. Durante a conversa, o prefeito teria questionado a possibilidade de Assunção assumir a pasta de Desenvolvimento Econômico. Ele chegou a ser cogitado como vice de Odilon na campanha para o governo do Estado em 2018, porém, o nome escolhido para compor chapa foi o Bispo Marcos Vitor (PRB).

Conforme apurado pelo Correio do Estado, dentro do PSD Estadual a possibilidade não é descartada por conta do cenário político de Trad ter convidado Assunção para compor o primeiro escalão.

Porém, a Executivo municipal da agremiação ainda não informou sobre as novas possíveis filiações.

“Pode até ser que tenha uma conversa nesse sentido. Muito difícil trazer para o PSD. Temos um plano alinhado para 2020”, informou um integrante do partido.

Procurado pelo Correio do Estado, Odilon de Oliveira disse que ainda não sabe sobre os novos planos para o futuro. Ele está apto novamente para advogar com a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul.

“Eu vou advogar a partir de agora. Tenho escritório, meus filhos têm escritório com uns cinco ou seis advogados. Não posso advogar na Vara onde fui juiz. Mas quero nessa área que cuidava na Justiça Federal de direito tributário, direito empresarial, administrativo”, disse.

Com relação à Sedesc, o magistrado alegou que soube das mudanças pela imprensa e que não conversou com Herbert.

“Eu não sei quem vai, eu sei que está vago porque eu li a exoneração do secretário anterior na imprensa. Eu ouvi dizer que o Herbert Assunção é um dos nomes. Ele quase foi meu vice, ele atuou na campanha, me ajudou bastante na campanha. Acabou a campanha e acabou a relação. Agora eu não desejo assumir nenhum cargo público”.

Questionado se deve ir para o PSD de Marcos Trad, o juiz federal aposentado voltou a dizer que ainda está em conversa com o PDT sobre como deve ficar sua situação.

“Eu não sei, não sei para onde vou, não sei se vou sair do PDT. Depende de como ficam meus ideais com os ideais do partido para mim”, destacou o ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Correio do Estado –  Yarima Mecchi