No aniversário do PCC, Polícia Federal cumpre 122 mandados contra a facção em MS
Contra a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que faz 27 anos neste dia 31 de agosto, a Polícia Federal deflagrou uma operação em 19 estados brasileiros, entre eles, Mato Grosso do Sul, onde são cumpridos 122 mandados em pelos menos seis cidades. São mandados de busca e apreensão e de prisão.
Os mandados são cumpridos em Campo Grande, total de 28, em Corumbá 1 mandado, em Três Lagoas com 1 mandado, Aquidauana, Água Clara, Paranaíba, Bataguassu e Dourados também com um mandado de busca e apreensão e dois em Ribas do Rio Pardo. Mandados de prisão também são cumpridos em Dourados com 3 mandados, Campo Grande com 74 mandados, Bonito, Bandeirantes, Água Clara, Aquidauana e Três Lagoas com 1 mandado e dois em Ribas do Rio Pardo . São cumpridos mandados em estabelecimentos prisionais do Estado, um total de cinco.
A operação seria um desdobramento da Caixa Forte, que foi deflagrada, em agosto de 2019. A operação contra a facção está ligada ao tráfico de drogas e lavagem dinheiro e já foram bloqueados cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao PCC. De acordo com a Polícia Federal esta é a maior operação em bloqueios de contas bancárias ligadas a facção criminosa.
São cumpridos mais de 600 mandados em 19 estados e no Distrito Federal, 422 deles de prisão. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.
As investigações apontam que 210 pessoas detidas em presídios federais recebiam auxílio mensal por terem alcançado cargos de “alto escalão” dentro da facção. Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
Além de membros do PCC, familiares e pessoas responsáveis pela lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio também são alvos da operação.
PCC
PCC foi fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presidiários, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté a 130 quilômetros da cidade de São Paulo, chamada de “Piranhão”, até então a prisão mais segura do estado de São Paulo.
O PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, afirmava que pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru “, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo. Fonte midiamax
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