Prefeito de Rio Verde, Mário Kruger, nega ser contra Bolsonaro e diz que foi agredido.

O prefeito de Rio Verde de Mato Grosso, Mário Kruger (PSD) preso no sábado (19) por falta de porte de arma, negou ser contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), disse ter sido agredido durante a confusão e que vai fazer boletim de ocorrência contra os agressores. Ele afirmou estar armado, pois estava indo à fazenda.

A confusão aconteceu em uma rua da cidade, com moradores que estavam próximos a um outdoor com a imagem do presidente. Mário Kruger foi liberado após pagar fiança de R$ 15 mil.

Ao Jornal Online Tenência do Estado, Kruger, afirmou estar passando pela rua com seu carro, momento em que foi abordado pelas pessoas. “Estava indo para fazenda quando as pessoas o chamaram, foi quando começaram a agredir, arrancaram a placa e quebraram o para-brisa do seu veículo e disseram palavras  de baixo calão”.

Kruger disse que desde o início da campanha de Bolsonaro em 2018, há uma bandeira em frente a sua casa em apoio ao presidente. “Eu fui soldado, votei nele, não sou e nunca fui contra o presidente. Eu já venho sofrendo ameaças há muito tempo, principalmente das pessoas que estavam no outdoor”.

Mário Kruger está no seu terceiro mandato, mas não é candidato à reeleição. “No meu primeiro mandato, colocaram uma bomba que o Exército precisou desarmar. As pessoas não conseguem se convencer que tenho poder político e que meu governo é independente”.

O prefeito alega estar sofrendo ameaças e inclusive é vigiado constantemente. “Se vou almoçar em Campo Grande, tiram foto de mim, se vou tomar uma cerveja fora do meu horário de expediente que é direito meu, tiram foto. Ficam me guardando 24 horas por dia. Inclusive, um drone estava me monitorando em aniversário que fui”.

Kruger vai registrar boletim de ocorrência contra as ameaças e inclusive contra a agressão que disse ter sofrido ontem. “Eu estava emotivo, não quis exagerar e fui embora do local. Só pelo fato de me xingarem ali, eu tenho 72 anos e é uma falta de respeito muito grande. Arranharam meu braço”.

Embriaguez

Questionado se estava embriagado, o prefeito negou. “Se tivesse embriagado não estava dirigindo, eles estavam bebendo e fazendo churrasco embaixo do outdoor. Só não me bateram mais porque entrei no carro, me fechei e fui embora”.

Ele disse ter sido conduzido à delegacia depois de chegar em casa. “Eu não tenho porque me esconder. A polícia chegou e me levou por eu estar sem porte de arma. Deveria ter feito um exame para comprovar que não estava embriagado”.

Porte de arma

Por fim, sobre o porte de arma, Kruger disse ter sido roubado tempo atrás e por isso, estava sem o porte. “Eu sou parceiro do Bolsonaro nesse sentido. Sempre andei armado desde quando morava na fronteira, no Rio Grande do Sul e vou tirar o porte essa semana, pois é um direito que me assiste”. Fonte; midiamax, João de Oliveira