Novo relatório da Infraero aponta que aeroportos de Recife, Palmas, Maceió e Goiânia tem combustível até hoje
Novo relatório da Infraero de 11h desta quinta-feira (24) aponta situação crítica de falta de combustível em sete aeroportos administrados pela estatal, em razão da greve de caminhoneiros: Recife, Ilhéus, Goiânia, Palmas, Maceió, Carajás (PA), São José dos Campos (SP) e Uberlândia (MG).
No aeroporto de Congonhas, segundo o relatório, foram recebidos “12 caminhões e mais um está a caminho”, com combustível assegurado até as 18h – não fica claro se desta quinta ou de sexta. O documento aponta que haverá novo reabastecimento no aeroporto, um dos três mais movimentados do Brasil.
O alerta foi dado pelo Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), no “relatório de monitoramento da mobilização dos caminhoneiros”. A estatal disse estar monitorando o abastecimento nos aeroportos.
No caso do Recife, ainda havia 12 horas de reserva para abastecimentos. “Em princípio a partir da meia-noite o abastecimento estará comprometido”, diz o relatório.
Em São José dos Campos (SP), as reservas de combustíveis da Shell e da BR estão indisponíveis.
Na edição de quarta (23) do mesmo relatório, a Infraero alertava para a iminência de faltar combustível também em Congonhas. À noite, o aeroporto foi reabastecido.
O relatório, tanto de quarta como desta quinta, não inclui aeroportos administrados pela iniciativa privada, como Guarulhos, Confins, Porto Alegre, Brasília e Florianópolis.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse recomendar aos passageiros “com voos marcados para os próximos dias que consultem as empresas aéreas antes de se deslocarem para os aeroportos até que a situação se normalize”. As empresas adotaram planos de contingência e isentaram passageiros de taxa de remarcação de voos.
Quarto dia
Pelo 4º dia seguido, caminhoneiros fazem manifestações em 25 estados e no Distrito Federal causando reflexos por todo o país. Os atos nesta quinta-feira (24) são contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.
Os protestos provocaram a redução nas frotas de ônibus em várias cidades e foram usados como desculpas para donos de postos cobrarem valores abusivos de até R$ 10, mas já falta combustíveis e há filas nos postos. São vários os relatos de desabastecimento em supermercados, principalmente de hortifrutigranjeiros; hospitais suspenderam procedimentos por conta de falta de medicamentos; fábricas de diversos segmentos pararam suas produções; há possibilidade de racionamento de energia em Rondônia e falta de água no Rio de Janeiro e regiões do Rio Grande do Sul. Aeroportos funcionam normalmente, mas já há registros de cancelamentos de voos.
Fonte: G1
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