Mesmo alegando falta de recursos e passados apenas cinco meses da assinatura dos contratos, a prefeitura abriu uma nova licitação para contratar empresa que faça tapa-buracos em Campo Grande. O edital prevê investimento de R$ 47.941.551,45 para que o serviço seja realizado nas sete regiões urbanas da Capital. O município tem contrato relativo a obras de requalificação asfáltica no valor de R$ 34.218.277,19 em vigor, mas afirma que abriu um novo certame porque, “como tem caráter contínuo, o tapa-buracos não pode parar por falta de empresas habilitadas em processo licitatório”, segundo assegurou a assessoria de imprensa, em nota.

De acordo com edital, publicado no dia 30 de maio, a escolha da empresa será pela modalidade “menor preço”. Os valores de referência estimados por planilhas orçamentárias da prefeitura são de R$ 10.707.135,14 para a região do Anhanduizinho; R$ 6.288.238,53 para o Bandeira; R$ 8.692.676,96 para o Centro; R$ 5.828.039,50 para a região do Imbirussú; R$ 7.556.452,71 para o Lagoa; R$ 4.786.689,82 para o Prosa e R$ 4.082.318,79 destinados à região do Segredo.

Os interessados devem apresentar propostas até o dia 4 de julho de 2018. No entanto, conforme assessoria de imprensa da prefeitura, as empresas que vencerem este certame só passarão a atuar quando terminarem os saldos dos contratos atuais.

Desde dezembro de 2017, a prefeitura tem contrato assinado com quatro empresas para execução de serviços de tapa-buracos na Capital. De R$ 34,2 milhões, 56% (R$ 19 milhões), são especificamente para o tapa-buraco. O restante do recurso, também conforme nota, é para microrevestimento e selagem de trinca.

A Prefeitura diz que já investiu neste ano, aproximadamente, R$ 15 milhões para tapar mais 130 mil buracos e programa para o segundo semestre intervenções de microrrevestimento e recapeamento.

ADITIVOS

Recentemente, o prefeito Marcos Trad (PSD), aditivou os contratos com as quatro empresas já contratada. Ao todo, os contratos que somavam R$ R$ 34.218.277,19, aumentaram em R$ 7.406.209,36, alcançando R$ 41.624.486,55. O edital lançado ano passado, previa quase o mesmo investimento programado para a licitação aberta agora: de R$ 47.446.916,16.

A Pavitec Contrutora, que foi contratada para realizar obras nas regiões do Bandeira e do Segredo, por R$ 5,7 milhões e R$ 4,2 milhões respectivamente, irá receber mais R$ 922.849,45 para executar o serviço.

Já o contrato da empresa Gradual Engenharia e Consultoria, que venceu licitação para realizar manutenção de vias públicas na região do Prosa, saltou de R$ 4,6 milhões para R$ 5.659.364,18, “em decorrência de acréscimos quantitativos”.

A MR & JR Locação de Máquinas e Equipamentos, que venceu a licitação para manutenção nas regiões do Anhanduizinho e Lagoa, oferecendo os menores preços, respectivamente, R$ 6,5 milhões e R$ 4 milhões, vai receber R$ 1.401.328,37 pelos serviços no Anhanduizinho e R$ 876.479,30 a mais pelos serviços para a região do Lagoa.

Mesmo caso é o da Diferencial Serviços e Construções, que mantém serviços nas regiões do Centro e Imbirrusu. O valor original era de R$ 4.109.074,85 para o centro e de R$ 4.836.891,15 para a outra. Os contratos foram aumentados em R$ 895.429,85 e R$1.035.977,74, respectivamente.

Vale lembrar, que mais da metade das vias de Campo Grande, segundo a própria prefeitura, não suportam mais tapa-buracos. Dos 2,7 mil quilômetros pavimentados, 1,5 mil precisam ser recapeados urgentemente.

Fonte: correiodoestado