Término do plantio da safra de algodão confirma aumento de área em MS

A Ampasul, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, através do seu Programa Boas Práticas Fitossanitárias publicou mais um relatório. O documento anuncia a conclusão do plantio da atual safra de algodão e confirma a previsão de aumento de área, estimada durante a entressafra.

Em Mato Grosso do Sul, a exemplo de outras regiões produtoras do fio natural, houve um aumento da área plantada, que no Estado chegou a 37,5 mil hectares, um incremento de 23,35% em relação à safra passada. O algodão safra representa 81,4% do total (30,5 mil ha), enquanto o algodão safrinha ocupa 18,6% (7,0 mil ha). O crescimento foi de 17,8% para o algodão safra, 55,9% na modalidade algodão de safrinha, em todo o Mato Grosso do Sul.

Na atual safra ocorreu o retorno do algodão no município de Maracaju (algodão safrinha), além do primeiro ano da cultura em Sonora na região norte do Estado, com a participação de um novo produtor.

“Numa análise sintética, os motivos do aumento da área cultivada de algodão no Mato Grosso do Sul (o que não é fato isolado no País, pois as áreas dos outros estados também aumentaram) foram: mercado do algodão aquecido, com preço da pluma razoável, maior adiantamento das vendas da fibra com contratos futuros, recorde na exportação, câmbio (dólar : real), pré safra favorável (criando boas expectativas de rentabilidade), maximização do uso do solo com a atividade e o algodão como opção de rotação de culturas”. Aponta o informativo da Ampasul.

Existe preocupação da Ampasul com relação ao andamento da atual safra. Houve aumento de área e de dificuldades no manejo de doenças e pragas, impostas por diversos fatores, como aponta o informativo, com destaque mais uma vez para o bicudo, como já vinha sendo anunciado que ocorreria.

No sul de Mato Grosso do Sul houve falta de chuvas em janeiro e depois ocorreu uma chuva de granizo, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo do algodão. A falta de umidade prejudicou as lavouras de soja, o que provocou a imigração de pragas para as lavouras de algodão. A falta de chuvas contribuiu para o retardamento do aparecimento de doenças fúngicas.

A Ampasul vem desenvolvendo a sua missão que é de representar e assistir a classe cotonicultora para garantir sua sustentabilidade e participou mais uma vez da Showtec, em Maracaju, de 16 a 18 de janeiro de 2019. O momento foi propicio para conversar com produtores, autoridades e empresas do setor sobre as novas tecnologias já existentes na cultura do algodão. O principal tema abordado pela Ampasul foi a revitalização da cultura do algodão no sul do Estado.

Ainda em janeiro, nos dias 10 e 11 aconteceu em Chapadão do Sul, na Fazenda Minuano, pertencente ao grupo Schlatter um treinamento básico com aulas teóricas e práticas sobre o uso da tecnologia de sensoriamento remoto com VANT (veículo aéreo não tripulado) e software avançado no geoprocessamento de dados. O curso foi ministrado pelo Dr. Lucio André da Embrapa Instrumentação de São Carlos/SP.

Fonte: Ampasul