MEC libera verba para bolsas de auxílio a universitários indígenas e quilombolas

O ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciou nesta sexta-feira (15) que o governo federal autorizou a abertura de 2.500 bolsas do Programa Bolsa Permanência (PBP), destinado ao auxílio para estudantes de universidades e institutos federais de etnias indígenas ou quilombolas.

As inscrições acontecerão pelo site do PBP no período entre 18 de junho e 31 de agosto.

Por meio do programa, cada estudante recebe R$ 900 por mês para gastos com aluguel, alimentação, transporte e livros acadêmicos. O valor serve para prevenir que eles desistam da faculdade por precisarem trabalhar.

O PBP existe desde 2013 e, até 2017, 91.580 estudantes já receberam a bolsa, de acordo com dados oficiais (22.130 são indígenas e 7.836 quilombolas, mas desde março os estudantes reclamavam da falta de abertura de novas vagas.

Segundo nota divulgada pelo MEC, Rossieli afirmou que o ministério conseguiu “resolver” a situação.

“Estamos abrindo o sistema nesta segunda-feira, dia 18, para que os estudantes quilombolas e indígenas possam se inscrever e solicitar a bolsa permanência, atendendo a todos aqueles que precisam”, disse ele. “É um passo importante que o Ministério da Educação e o Governo Federal decidiram e conseguiram resolver mais uma situação significativa para esta população continuar estudando.”

Ainda de acordo com o MEC, o orçamento do programa em 2018 é de cerca de R$ 150 milhões.

Estudantes indígenas contam com menos apoio

Em abril, o G1 mostrou dados do Censo da Educação Superior indicando que 63% dos indígenas matriculados em universidades em 2016 não conseguiram vaga na rede pública, não foram selecionados para contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e nem para obter bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni) para custear faculdade privada

Fonte: G1