Caçambeiros paralisam e engrossam protesto contra alta dos combustíveis
Um grupo de aproximadamente 20 caçambeiros se uniram à manifestação contra o aumento do preço do diesel e paralisaram os serviços nesta quinta-feira (24). Em carreata, os motoristas vão passar pelas principais ruas de Campo Grande com destino aos pontos de bloqueio da BR-163.
Segundo João Paulo Cacho, representante do grupo, a adesão a paralisação foi uma maneira de evitar o aumento também no valor do carregamento de pedras e areia para construtoras. “Se o diesel continuar do jeito que está vamos ter que levar o preço lá em cima, e isso não é bom para ninguém”, destacou.
Para se unir ao protesto, o grupo se encontrou nos altos da Avenida Afonso Pena e de lá seguiram em carreata para o ponto de bloqueio na BR-163, na altura do Posto Caravaggio, no anel viário de Campo Grande. “Vamos fazer um buzinaço pelas ruas de Campo Grande, sem fechar o trânsito, até chegar a rodovia”, contou João Paulo.
Os caçambeiros vão descer a Avenida Afonso Pena, passar em frente a prefeitura e seguir para BR-163. Ao Campo Grande News, João Paulo explicou que os clientes já foram avisados que a partir de hoje todos os serviços realizados pelos caçambeiros vão paralisar. “A intenção é que não tenha entrega de pedra e areia em Campo Grande”.
Bloqueios – A mobilização contra o aumento dos combustíveis começou a repercutir no domingo (20), continua nesta quinta-feira (24) em todo o país.
O protesto não impede a passagem de carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Apenas motoristas de caminhões e carretas são convidados a parar. A cada dia aumenta os pontos de interdição no Estado. Ontem, era 22 e hoje já são cerca de 30, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). A polícia recomenda, se possível, que condutores adiem suas viagens.
Na BR-163, por exemplo, há interdição em Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256 e 266), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462 e 477), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618) e Rio Verde de Mato Grosso (km 678).
A instabilidade no preço da gasolina, assim como o receio de tanques vazios nos próximos dias, já gerou filas, lotou e fechou postos da Capital.
Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.
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Fonte: Campo Grande News.
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