Advogado de PM tenta acesso a detalhes de mandado de busca e apreensão
Por volta das 9h desta quarta-feira (23), o advogado Ronaldo Franco, acionado por um dos policiais militares alvos da parte 2 da Operação Oiketicus, chegou à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para tentar acesso a detalhes do mandado de busca e apreensão contra o cliente dele.
“Ele não está preso, mas deve ser ouvido”, disse o defensor, sem dar mais detalhes. O cliente, segundo Ronaldo, foi intimado a depor, mas não há data para que ele preste depoimento porque está cuidando da mãe doente.
O advogado também não quis informar qual é a patente do cliente e só disse que o mandado de busca contra o PM já foi cumprido.
A operação – O Gaeco voltou às ruas para dar continuidade à Operação Oiketicus. A força-tarefa, na semana passada, mirou policiais militares envolvidos com a Máfia do Cigarro.
O Campo Grande News apurou que desta vez serão cumpridos somente mandados de busca e apreensão. Mas a Corregedoria da PM informou estar a postos para receber PMs que porventura sejam presos em flagrante.
Até agora, 20 PMs são investigados por terem sido cooptados por cigarreiros graças a pagamentos de propinas, que variavam de R$ 2 mil mensais a R$ 100 mil, para que cargas de cigarros contrabandeados pelas estradas de Mato Grosso do Sul, segundo relatório do Gaeco que fundamentou a ação.
Os valores de pagamentos foram verificados ao longo de apurações iniciadas em abril de 2017 e de meses de interceptações telefônicas, sendo fundamentados graças à evolução patrimonial de alguns dos suspeitos.
A Oiketicus foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira, 18 de maio, em 14 cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria delas localizada na rota do contrabando de cigarros. Oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.
Ao todo, foram 21 presos. Ao longo do dia, 20 PMs foram levados para a Corregedoria da Polícia Militar, três oficiais e 17 praças. O 18º praça se apresentou à noite. Todos foram encaminhados para celas do Presídio Militar Estadual.
A força-tarefa do Gaeco, a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.
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