Com fachada no estilo dos bares do Texas, família é toda rústica dentro de casa
Eles ainda não terminaram de construir a casa tão sonhada pela família, mas já dá pra ter uma bela noção de como vai ficar o lar de três andares dos Batista. O Barba, do Rancho do Barba, é o paizão da família, Lucilene de Souza Batista, de 37 anos, é a mãe, e Rafael Batista Barbosa, de 11 anos, o filho único.
Com uma fachada autêntica e diferente do que é visto pela cidade, os janelões e a porta, que ainda darão acesso a uma sacada, lembram os bares texanos, vistos em filmes de faroeste. Mas a madeira não fica só por ali. No interior da casa, o material está nos móveis, na cabeceira da cama do casal e até nas paredes.
Já foi um ano de reformas e construção para deixar o primeiro piso nos conformes. “Eu morei em fazenda na minha infância e juventude, em Tacuru, perto de Amambai. Era peão de fazenda. Ela também morou quando criança numa fazendo em Mato Grosso, então é daí que vem essa paixão pela rusticidade”, explica o Barba.
Apaixonados por peças antigas, a madeira divide espaço com passado. Na varanda, uma grande mesa, feita por um amigo divide espaço com a cristaleira que guarda o conjunto de xícara e pires.
Um peça chama atenção no cômodo, um grande banco, com o entalhe de dois cavalos, obra do artesão Rici, que já não fabrica peças no material, de acordo com Lucilene. Na mesa de centro, um ferro de passar roupas antiguinho, além de uma lamparina, completam o clima de fazenda do interior.
Dentro da casa, outros dois bancos, do mesmo artesão, só que no tom cru da madeira, fazem as vezes da sala da casa. Além deles, duas poltronas, com o mesmo detalhe. O aparador que serve de bar traz rótulos de vinho, bebida preferida do Barba, e cachaças. Na parte superior do móvel fica exposta a coleção de corujas da Lucilene. “Sempre que vejo um artigo com o tema eu compro”, conta ela.
Os móveis de Rici eram um sonho distante para a família, já que cada peça chegou a custar R$ 15 mil. Mas o artesão fez um preço mais camarada e até uma mesa de centro na sala em formato de cavalo eles conseguiram comprar.
No outro extremo da sala, a de jantar, traz uma mesa encomendada, grande, com um lustre de antiquário, com iluminação direta para ela. Ao lado da mesa, mais uma peça do artesão, duas capivaras em madeira.
Em todos os detalhes, fica evidente a referência ao rústico. No cômodo ao lado, que ainda está precisando dos retoques finais para ser considerado pronto, um berrante pendurado na parede deixa claro que a família tem um pézinho na fazenda até hoje.
Os ambientes do segundo e terceiro pisos ainda não estão prontos. “No próximo andar construiremos nossos quartos e, lá no último, o Barba quer fazer a adega dele, já que o vinho é a única bebida que ele toma”, conta a esposa.
Ansioso, Barba busca em um quartinho um dos artigos que vai estar na adega: um lavatório de mãos antigo, resgatado com 100% de funcionamento. A diferença dele é o preço, R$ 18 mil. “Ele é banhado a ouro, coisa que não tem em nenhum outro lugar de Campo Grande”, diz ele.
No quarto do casal, o janelão de madeira tem mais de 27 anos de história. “Esse daqui eu tirei da outra casa e fiz questão de colocar aqui conosco”, completa Barba. O armário grande, de fora a fora na parede, completa o climão rústico.
Comentários