Após reunião ficou acordado que o convênio entre Prefeitura de Camapuã e Hospital permanece por mais três meses com valores de R$ 200 mil e mais duas R$ 125 mil

O hospital de Camapuã, reabriu as portas ontem segunda-feira (22) após acordo com a Prefeitura do Município. Na última terça-feira (16), a direção anunciou o fechamento da unidade por falta de recursos operacionais conforme falou o presidente da Entidade de Saúde.

Segundo o diretor-presidente, Joelvis Cunha, após reunião no gabinete do Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Rezende, Prefeitura, Ministério Público e a direção do hospital, acordaram que o convênio com a administração municipal permanecerá por mais três meses com repasses de R$ 200 mil (mês de Julho) e dois de R$ 125 mil (agosto e setembro). O convênio será assinado nesta terça-feira.

Porém o presidente reafirmou que a situação está longe de ser resolvida. O hospital passará por um período de recessão. Para poder continuar com as portas abertas, alguns atendimentos que o hospital fazia com especialistas serão suspensos. “Nós aceitamos esse valor para não tomar medidas drásticas. São mais de 50 funcionários na unidade, e com essa atitude do Executivo Municipal de reduzir o repasse para a entidade teremos que fazer algumas demissões para que readequamos e realidade do repasse”, lamentou o presidente.
Segundo Joelvis, a entidade atende diariamente em torno de 40 a 50 pessoas, e as dívidas chegam à ordem de R$ 1 milhão. “O hospital contava com repasse de R$ 200, agora esse valor diminuiu. A situação daqui para frente será bem mais preocupante”, destacou.

Na ótica do Secretário Municipal de Saúde André Targino, que assumiu a Secretaria Municipal de Saúde no inicio de 2019, a situação chegou a este nível devido o orçamento da pasta ter reduzido entorno de R$3.000.000,00 (Três Milhões de Reais), em relação ao ano de 2018. Com isso sacrificando a saúde do Município.

Já o Executivo Municipal, em nota publicada no Facebook, o hospital continuará prestando atendimentos aos cidadãos. O post afirma ainda que a ESF (Estratégia Saúde da Família) Central continuará realizando atendimento médico, ambulatorial e odontológico, de segunda a sexta, das 7h da manhã à meia noite. A reportagem tentou falar com a administração, mas não conseguiu contato.

Caso – O corte de quase 50% no valor dos repasses mensais, proposto pela Prefeitura de Camapuã para renovação de convênio, levou ao fechamento do único hospital da cidade. A administração municipal alegou falta de dotação orçamentária para cumprir com os pagamentos pactuados em fevereiro para todo o ano, totalizando R$ 2,4 milhões. O convênio entre a Spromic (Sociedade de Proteção a Maternidade e a Infância de Camapuã) e a prefeitura prevê revisões trimestrais. O último deles valeu para os meses de abril, maio e junho de 2019.