Com 330 reclamações em janeiro, Energisa terá de se explicar à Assembleia Legislativa
Deputados não descartam abertura de CPI sobre o caso
O aumento expressivo na conta de luz de muitos sul-mato-grossenses foi um dos temas debatidos na solenidade de abertura do ano legislativo, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS).
Deputados vão encaminhar, por requerimento, pedido para que a empresa Energisa, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em boa parte do Estado, apresente justificativa plausível sobre os aumentos nas contas de energia nos últimos meses. “Se a justificativa não for plausível, vamos abrir uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”, adiantou Herculano Borges (SD).
O aumento expressivo no valor da conta também chamou a atenção de Marçal Filho, do PSDB. De acordo com ele, foram constatados abusos em todo o Estado. “Na Câmara de Fátima do Sul, no recesso, sem o ar [condicionado] ligado, a conta veio mais cara que no mês anterior”, exemplificou.
RECLAMAÇÕES
O preço da conta de luz tem sido alvo de debates desde janeiro, quando chegaram as contas relacionadas ao consumo de dezembro. Desde então, foram realizadas reuniões entre a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) e Energisa para chegar a um acordo.
De um lado, consumidores reclamaram de contas que dobraram de valor. Do outro, a concessionária justifica o aumento do consumo de energia, por conta das altas temperaturas registradas desde o fim do ano passado. Uma das medidas adotadas na tentativa de se chegar a um acordo foi a possibilidade de parcelamento das faturas em que o valor dobrou.
De acordo com dados da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon), somente no mês de janeiro, foram registradas 330 reclamações contra a concessionária de energia em Campo Grande. O volume corresponde a uma média de 10 queixas diárias e a um aumento de 16,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em janeiro de 2018, o número de reclamações contra a concessionária foi de 283. (Com a colaboração de Tero Queiroz).
Fonte: Correio do Estado
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