Com acordo entre MP, Defensoria e comércio, Campo Grande proíbe consumo de álcool
Nesta terça-feira (11), a Prefeitura de Campo Grande decretou a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos da Capital. A medida será uma forma de enfrentamento a pandemia do coronavírus, após a cidade receber recomendação de lockdown. O decreto que oficializa a medida foi publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), desta terça-feira (11).
O consumo de bebidas alcoólicas será será proibido desta quinta-feira (13) até o próximo domingo (16). Assim, fica proibido “o consumo de bebidas alcoólicas nos locais de venda, bem como nos espaços públicos e de acesso ao público” na Capital. Ao Jornal Midiamax, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) ressaltou que “não precisa fechar o bar, podem vender sim. Só não poderá consumir no local”.
O novo decreto foi elaborado após reunião com o MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). O prefeito informou que está é “uma das medidas decididas pelo juiz e do MPE e Defensoria para que não tenhamos medidas mais restritivas como lockdown”.
Assim, a medida foi tomada “atendendo a acordo judicial, após pedido da Defensoria por lockdown”. A Defensoria Pública pediu o lockdown de 14 dias na Capital, argumentando que as medidas atuais de controle do coronavírus não vêm surtindo efeito, já que a cidade teve aumento considerável no volume de infectados ao longo das últimas semanas e está com a capacidade de internações em leitos de UTI próxima do limite.
Entretanto, a Prefeitura de Campo Grande descarta a aplicação do lockdown total. A gestão avalia que a medida pode trazer sérios prejuízos ao mercado de trabalho e sustentação das empresas. Assim, considera que os decretos expedidos nos últimos meses são suficientes para evitar um colapso da pandemia na Capital.
Bebidas e trânsito
A medida foi adotada considerando que bebidas alcoólicas e direção de veículos é uma das principais causas de acidentes em Campo Grande. Além disto, estes acidentes colaboram para a superlotação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da Capital.
O prefeito explicou anteriormente que 60% das outras internações nos hospitais não são de pacientes com coronavírus. De acordo com ele, 37% são de traumas ou violências e 23% são de causas naturais – derrames, problemas cardíacos, e outros. “O certo até agora é que a gente precisa ter um movimento para diminuir acidentes de trânsito, circulação de motocicletas, violências domésticas e ferimentos de armas brancas ou armas de fogo”, afirmou.
Assim, a Prefeitura deverá intensificar as medidas de fiscalização do toque de recolher. A circulação de pessoas em Campo Grande continua proibida entre às 21h e 05h, com exceção para os serviços considerados essenciais.
*Matéria alterada às 15h57 de 11 de agosto para acréscimo de informações da edição extra do Diogrande. fonte midiamax
Comentários