Conjunto de ações deve solucionar em definitivo assoreamento do Parque, diz Felipe
O deputado estadual Felipe Orro elogiou a rapidez, eficiência e precisão das equipes técnicas da Prefeitura de Campo Grande e do governo estadual na tomada de decisões que, segundo ele, devem resolver em definitivo o grave problema de assoreamento nos lagos do Parque das Nações Indígenas. Felipe acompanhou o anúncio do projeto de revitalização do Parque feito nesta quinta-feira (23), no auditório da Governadoria.
“Tanto o governo quanto o município estão de parabéns pela rapidez e atenção ao Parque das Nações. As intervenções anunciadas hoje resultarão na recuperação do interior e todo entorno do Parque e com certeza, resolverão de vez os graves problemas ambientais que assolam o Complexo”, disse.
Em virtude de ser vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Felipe Orro promoveu audiência pública na Casa de Leis onde foi debatida a ‘Conservação do Complexo do Parque dos Poderes’. A audiência aconteceu no dia 14 de maio e reuniu especialistas, ambientalistas e moradores da região. Exatamente 10 dias depois a Prefeitura e o governo do Estado anunciam um conjunto de medidas para sanar os problemas.
Obras
Ao todo, serão investidos R$ 10 milhões em obras de contenção, recuperação ambiental e retirada dos dejetos que entulharam completamente os dois lagos do Parque das Nações Indígenas. Isso soluciona a degradação que já ameaça a cabeceira da microbacia do Córrego Prosa e contém o lançamento de sedimentos com a construção de uma bacia de contenção na cabeceira do Córrego Reveilleau.
O acordo prevê o repasse de recursos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) da ordem de R$ 1,5 milhão à Prefeitura de Campo Grande, que executará os trabalhos para o desassoreamento e recuperação dos lagos através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sisep). A retirada dos sedimentos deve começar já no próximo mês, com prazo de 120 dias para ser concluída.
A estimativa é de que sejam retirados das lagoas 140 mil metros cúbicos de areia, equivalente a 21 mil caminhões. “Vamos iniciar a limpeza pelo lago menor, em seguida faremos a limpeza do lago maior”, informou o secretário Municipal de Infraestrutura Rudi Fiorese. As licenças para a escavação e a destinação dos sedimentos nos lagos do Parque das Nações Indígenas serão emitidas pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).
Outras Ações
Após o processo de desassoreamento das lagoas do Parque, a Prefeitura entrará com o trabalho de recuperação no interior do ponto turístico como recuperação do gramado, meio fio, pavimentação e gradis.
Também serão executados dois projetos nos córregos Reveilleau e Joaquim Português, cujas águas se juntam dentro do Parque para formar o lago. No Reveilleau será construída uma barreira de contenção de sedimentos e controle de cheias, na Avenida Mato Grosso com a Hiroshima. Uma espécie de piscinão projetado para armazenagem de 22 mil metros cúbicos de água. No Joaquim Português será feito o controle de erosão e replantio da vegetação nas margens, obras do governo estadual.
Uma das novidades anunciadas foi a cedência da Casa do Pantanal para a Sanesul, que deve transformar o lugar em memorial da empresa e espaço para eventos de cunho ambiental. A casa será utilizada para o monitoramento das águas, um espaço multiuso com abertura ao público prevista para outubro deste ano.
Outro ponto importante foi o acordo de eficiência energética entre o Imasul, Semagro e a concessionária distribuidora de energia elétrica, Energisa, que deverá substituir 636 luminárias comuns por lâmpadas de LED em toda área do Parque, um investimento de quase R$ 800 mil.
Termo de cooperação entre Semagro, Imasul e Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) prevê investimentos no sistema de vídeo monitoramento do Parque e reforço no contingente que faz a segurança do local com a utilização de viaturas elétricas.
Pedregulho
Uma das questões levantadas na audiência foi o assoreamento do Córrego Pedregulho que corta o Bairro Chácara dos Poderes. Conforme o secretário Rudi Fiorese, a Prefeitura busca recursos financeiros para realização das obras de drenagem e pavimentação do Bairro Jardim Noroeste, já que parte das águas que cortam o bairro cai direto no córrego, levando junto todo tipo de sedimentos.
“Ações paliativas a gente tem feito constantemente. Agora mesmo nós estamos com equipamentos nas ruas do Noroeste e em algumas vias da Chácara dos Poderes. A solução definitiva é a drenagem e pavimentação do Noroeste”, enfatizou o secretário de Infraestrutura de Campo Grande.
Participaram da assinatura do acordo de cooperação o governador Reinaldo Azambuja, o prefeito Marquinhos Trad, o secretário de Meio Ambiente Jaime Verruck, o secretário de Infraestrutura e vice-governador Murilo Zauith, o secretário de Estado de Administração e Desburocratização Roberto Hashioka, o diretor-presidente da Agesul Luís Roberto Martins de Araujo, o diretor-presidente do Imasul Ricardo Eboli, o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos RudiFiorese, o comandante-geral da PMMS coronel Waldir Acosta, o diretor-presidente da Sanesul Walter Carneiro, o diretor-presidente da Energisa Marcelo Vinhaes, entre outras autoridades.
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