Ex-agente exibe brinde de Odilon e Name em audiência na Justiça Federal
Réu em processo de denunciação caluniosa, o ex-agente penitenciário federal Ivanilton Morais Mota exibiu por 12 vezes, durante videoconferência de uma hora na 5ª Vara da
No último dia 13 de novembro, nos primeiros minutos de sua fala, Ivanilton mostrou a fotografia – que circulou no ano passado-, quando Odilon de Oliveira foi candidato a governador, e perguntou para o juiz Dalton Igor Kita Conrado se ele sabe quem é Jamil Name. Numa cristalina estratégia de desqualificar quem lhe acusa de denunciação caluniosa, o ex-agente lembra que Name está preso, por suspeita de comandar grupo de extermínio.
Na sequência, contesta todo o processo, onde tudo seria falso, e ataca o MPF (Ministério Público Federal). O ex-agente afirma que a ação penal, datada originalmente de 2011 e desmembrada para tramitar em separado desde 2016, foi assinada por quatro procuradores.
Ele questiona qual parágrafo da peça processual foi escrita por cada membro do MPF. Segundo Ivanilton, a assinatura de quatro procuradores sinaliza para a Justiça de que eles estão convictos do crime.
Atualmente servidor público e advogado, o ex-agente disse que um inocente não se cala. Também réu no processo, Yuri Mattos Carvalho, outro ex-agente penitenciário, afirmou nesta sexta-feira (dia 6) ao Campo Grande News que o advogado Paulo Magalhães tinha aberto queixa-crime contra o juiz Odilon, que levou o MPF a entrar com a denunciação caluniosa.
Colegas – Em 2011, três anos depois de denúncias sobre gravações ilegais dentro do presídio federal, o Ministério da Justiça demitiu Ivanilton e mais três agentes penitenciários por infrações disciplinares. Os servidores teriam retirado material e divulgado informações sem autorização superior.
O grupo foi o que denunciou a existência de câmeras clandestinas na unidade federal, incluindo gravação de visitas íntimas. “O Odilon falou em juízo que eu retirei imagens do presídio, o que não foi provado. Naquele presídio existem 250 câmeras e é impossível algum entrar ali dentro sem ser filmado”, disse.
Justiça Federal de Campo Grande, fotografia na qual o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira brinda com Jamil Name, empresário atualmente preso na operação Omertá.
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