Governo apresenta contraproposta, servidores rejeitam e já falam em greve

Trabalhadores da educação de Mato Grosso do Sul decidiram, nesta terça-feira (03), rejeitar contraproposta apresentada pelo Governo do Estado diante da revolta causada pela proposta de reajuste salarial de 3,04%. Durante audiência pública nesta tarde, o Estado propôs alongar abono salarial por mais um ano e incorporar o valor no salário apenas em 2019.

A proposta inicial do governo Reinaldo Azambuja (PSDB) seria analisada pelos deputados estaduais em primeira votação na sessão desta terça, mas protestos envolvendo centenas de servidores fez com que os parlamentares retirassem o projeto de pauta.

No período da tarde, servidores da educação participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o assunto. Durante o encontro, representantes do Governo mantiveram a proposta de reajuste linear de 3,04%, mas houve novidade com relação ao abono salarial.

A contraproposta é que o abano de até R$ 200 seja renovado por mais um ano e que a incorporação no salário, reivindicação do funcionalismo, ocorra apenas em março do ano que vem.

Após a audiência, servidores ligados à Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) realizaram assembleia. Presidente da Fetems, Jaime Teixeira afirma que por maioria a decisão foi de rejeitar a contraproposta.

“Nós queremos que o Governo pelo menos incorpore a metade desse abono agora, se não houve nova proposta, faremos uma nova assembleia na sexta-feira de manhã para decidir sobre uma greve geral”, afirma Jaime.

Limite

Mais cedo, durante sessão na Assembleia, líder do Governo entre os deputados, Rinaldo Modesto (PSDB) afirmou que Mato Grosso do Sul “está no limite” e que não é possível oferecer reajuste acima dos 3,04%.

De acordo com o tucano, o cálculo que resultou na proposta foi baseado no IPCA dos últimos 12 meses, e não deve ser alterado. Rinaldo explicou que a proposta precisa ser votada até a próxima quinta-feira (05), já que lei estabelece prazo de 180 dias antes das eleições.

O líder do governo argumentou que as promoções e progressões funcionais em diversas carreiras realizadas pelo governo tucano geram um custo para a administração estadual.

Fonte: Jornal do Estado