Lava Jato prende Beto Richa, ex-governador do Paraná

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso por agentes da Polícia Federal hoje sexta-feira 25, logo pela manhã, o tucano foi detido por volta das 7 horas.

A prisão preventiva de Richa foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba. O magistrado também determinou a prisão do contador Dirceu Pupo Ferreira, homem de confiança do tucano.

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Integração, da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do “Anel da Integração”.

Pupo foi investigado por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em setembro de 2018 por suspeitas de tentar atrapalhar as investigações que levaram Richa à prisão naquela ocasião.

São apurados pagamentos de propinas para agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e da Casa Civil do governo do Estado do Paraná.

A integração foi a primeira fase da Lava Jato em 2018. Por ordens do então juiz federal Sérgio Moro, a PF prendeu o diretor-geral do DER, Nelson Leal Júnior, e o diretor-presidente da Econorte, Helio Ogama.

Ambos se tornaram delatores meses depois. Na oportunidade, Leal Júnior contou que participou de um ‘encontro sobre propina’, no qual Richa estaria presente, no Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. O irmão do tucano – que é candidato ao Senado -. José Richa Filho, o Pepe Richa, foi preso na Operação Integração II, fase 55 da Lava Jato.

Em fevereiro de 2018, o gabinete da Casa Civil de Richa, localizada na sede do governo estadual, foi alvo de busca e apreensão da ‘Integração’. O tucano, que se candidatou ao Senado nas eleições 2018 e recebeu 377.872 votos, entrou novamente na mira da Lava Jato mais duas vezes em setembro, nas fases ‘Piloto’ e ‘Integração II’.

Richa foi preso em setembro em outra operação, a ‘Radiopatrulha’, conduzida pelo Gaeco. Ele foi solto quatro dias depois pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.