MP-MS fala em ‘descaso com a natureza ambiental’ e recomenda interdição da Gruta do Lago Azul
É a escadaria íngreme da gruta do Lago Azul, em Bonito, a 278 km de Campo Grande, que recebe anualmente milhares de visitantes e é considerada um dos maiores pontos turísticos do estado. No entanto, denúncias de má conservação, além de “excesso de cortesias emitidas pela prefeitura” e outros problemas como possível prestação de contas irregular e descaso com a natureza ambiental, levaram o Ministério Público a pedir a revisão do contrato e interdição do local.
O documento foi público do Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, na quinta-feira (7). Os promotores deram, ao todo, prazo de 10 dias para manifestação da prefeitura do município e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
Entre outras medidas, a recomendação solicita um plano de manejo, adequação no banheiro atualmente interditado e com péssimas condições. No dia 1° de março deste ano, houve uma vistoria da vigilância sanitária. Também foi ressaltada a questão da falta de segurança no local, discutida há mais de uma década.
Segundo a assessoria de imprensa do Imasul, a gestão de atividades turísticas junto ao monumento é feita pela prefeitura mediante convênio firmado entre o município e o estado, desde 2004. Dez anos depois, houve renovação do contrato.
Em nota, o Imasul ressalta que tem cumprido com seu “dever de fiscalizar e zelar pelo correto uso do espaço do ponto de vista ambiental e entende que existem condições mínimas necessárias para não haver interrupção nas visitações, considerando que a Gruta do Lago Azul é cartão postal e atrai turistas do mundo todo interessados em conhecer suas belezas”.
Com relação às ponderações do Ministério Público Estadual, o Imasul informa que ainda não foi notificado oficialmente e que, em momento oportuno, tomará as medidas que forem necessárias para defender o patrimônio natural e os interesses da população.
Fonte: G1
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