O anúncio dos investimentos foi feito hoje pelo diretor-presidente da companhia, Gilberto Tomazoni, que destacou que, apesar dos fatores pontuais que elevaram os preços da carne bovina, principal produto da JBS, como a peste suína africana, um crescimento estrutural da demanda por proteína está em andamento e deve se prolongar pelas próximas décadas, o que justifica os planos de aumento da capacidade das unidades da companhia.
“O mercado de carne bovina responde mais lentamente a esse movimento, mas está acontecendo, com bastante influência do aumento da demanda da Ásia”, disse Tomazoni em entrevista à Reuters.
Expansão – O orçamento anunciado pelo grupo para o período 2020-24, segundo o diretor da companhia prevê apenas investimento em expansão orgânica. Os recursos serão destinados em modernização e construção de novas unidades para ampliação de capacidade de produção com foco em aves e suínos, bovinos e negócios correlacionados – biodiesel, fertilizantes, colágeno, entre outras. Os aportes ainda serão direcionados para inovação – tecnologia, pesquisas e desenvolvimento de produtos de valor agregado – e sustentabilidade.
“A maior parte dos fundos para esses investimentos deve vir da nossa geração de caixa, mas também podemos emitir dívida, ou usar o mercado de capitais”, disse Tomazoni, excluindo uma eventual oferta de ações.
A meta da empresa é de que o investimento gere cerca de 25 mil novos empregos. Atualmente, o Brasil tem 130 mil dos cerca de 230 mil funcionários da companhia no mundo todo.
De acordo com o presidente da JBS, o movimento deve fazer com que vários dos fornecedores da companhia também façam investimentos de cerca de 5 bilhões de reais para atender o esperado aumento da demanda por produção.
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