Polícia apura ameaça a escola, mas mensagem circulou em outros Estados
Uma mensagem que chegou pelo aplicativo Whatsapp, na última sexta-feira (15), em um grupo de moradores da cidade de Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande, virou, agora, investigação policial. Com teor de ameaça de ataque à Escola Estadual Padre Anchieta, a diretora buscou a delegacia da polícia civil para registrar boletim. O texto – acompanhado da foto de uma arma -circulou em outras cidades do Brasil que abrigam escolas de mesmo nome.
Com isso, moradores de cidades de São Paulo e até do Paraná estão em alerta. O caso levanta suspeitas pela hipótese de “efeito dominó” após o massacre praticado por dois ex-alunos, um adolescente de 17 e outro de 25, à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).
“Padre Anchieta né? Fica esperto. O trem tá chegando. Vocês vão morrer”, é o que diz a mensagem. Apesar do teor da ameaça, no entanto, a delegada que investiga o caso, Daniella de Oliveira Nunes Leite, afirma que os indícios são de que a mensagem não foi direcionada à Nova Andradina.
“Como chegou em um grupo da cidade, ela [diretora] deduziu que poderia ser com a escola, ela nos procurou, externou a preocupação e registrou boletim por ameaça. Foi jogada em vários grupos de Nova Andradina. Quando nós começamos a fazer o levantamento, aparentemente nasceu no estado de são Paulo e alguém com má fé saiu jogando em grupos de toda cidade que tivesse escola desse nome, no Brás, em São Paulo, Mauá, em São Paulo e até no Paraná conforme levantamento. Viralizou, aparentemente não diz respeito [à Nova Andradina], mas não foi descartado”, explicou.
O caso, ainda assim, provocou aumento da segurança ao redor da escola. A delegada acionou o comandante da polícia militar em Nova Andradina. “A polícia militar está fazendo ronda, sempre próximo ao local, para checar qualquer situação diferente, qualquer pessoa conhecida, aluno atual ou antigo, é pra acionar a polícia militar”, comentou.
Agora, explicou a delegada, as investigações tentam achar a origem da mensagem. Ainda que não seja direcionada à cidade, a propagação da ameaça pode culminar em crime cibernético.
“Estamos fazendo levantamento de cada telefone para tentar verificar a veracidade dessa ameaça. A dificuldade é essa [estar na internet], mas não é impossível, é um processo minucioso, mas é possível tentar localizar esse indivíduo. O fato mais grave, se for de má fé, é causar terror à população, além do crime de ameaça, dependendo do crime, entra como crime cibernético”, contou.
Orientações e “fake news” – A delegada orienta que a população mantenha a calma e sempre pesquise qualquer assunto antes de repassar as mensagens de whatsapp, que costumam, quando viralizam, serem falsas.
“É difícil a gente dizer, nós da polícia trabalhamos sempre com a hipótese de ser verdade para evitar que uma tragédia seja cometida. Mas é necessário manter a calma. Oriento à população que faça uma pesquisa se não é fake, se em outras cidades não está acontecendo. Quando receber tem que verificar detalhes, quem mandou, se conhece a pessoa que está encaminhando, procurar a delegacia se tem possiblidade real, procurar no google”, orientou a delegada.
Em São Paulo – O portal de notícias Terra afirma que a mesma mensagem está circulando entre alunos e pais de três escolas de cidades diferentes no estado de São Paulo. Conforme o site, a suposta ameaça causou pânico nas unidades, familiares buscavam diretorias para obter mais informações e queriam buscar os filhos antes do término das aulas.
O Terra afirma que a mesma mensagem foi encaminhada a alunos e professores da Escola Estadual Padre Anchieta, em Diadema; Escola Miguel Vicente Cury, no bairro Padre Anchieta, em Campinas; e para a Escola Bady Bassit, na Vila Anchieta, em São José do Rio Preto. O portal consultou a Secretaria Estadual de Educação e foi informado de que as três unidades tiveram aula normalmente e sem incidentes na sexta-feira (15).
Fonte: Campo Grande News – Izabela Sanchez
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