Polícia Civil apura desvio de dinheiro e suspende cargos e bens de vereadores em Maracaju
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), deflagra, nesta terça-feira (7), a terceira fase da operação Dark Money, que investiga corrupção e desvio de dinheiro na Prefeitura Municipal de Maracaju, durante os anos de 2019 e 2020.
Ao todo, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e mais de 100 policiais participaram da operação.
Cerca de R$ 23 milhões foram desviados na então gestão do ex-prefeito, Maurílio Ferreira Azambuja (2017-2020), através de uma conta bancária clandestina aberta em nome da prefeitura do município, sem conhecimento ou auditoria dos órgãos de controle.
Na primeira fase da operação, deflagrada em 22 de setembro de 2021, servidores, ex-servidores, ex-secretário municipal e o ex-prefeito da cidade tiveram a prisão temporária. Na segunda fase, as prisões temporárias foram convertidas em preventiva.
Nesta terceira fase, foi descoberto esquema de pagamento de propina a vereadores municipais entre os meses de dezembro 2019 e novembro de 2020.
A propina era paga mediante ordem de Maurílio Azambuja, com aprovação de outros servidores. O objetivo era o de relaxar as fiscalizações dos cofres públicos do município, permitindo o desvio de dinheiro.
Dos 13 vereadores que integravam a Câmara Municipal, 11 receberam propina. Dos 11 vereadores investigados, oito estão em mandato ativo. Em um ano, a propina paga a vereadores chega a R$ 1.374.000,00. Os pagamentos eram feitos por cheques – recebidos pelos parlamentares ou ‘laranjas – ou em espécie – estratégia utilizada para dificultar a fiscalização e o rastro do dinheiro –.
Vereadores foram intimados, na data de hoje, para esclarecerem os fatos. O cargo dos vereadores ativos foram suspensos na Câmara Municipal, com isso, os políticos estão impedidos de exercerem suas funções. Além disso, os bens materiais dos materiais foram recolhidos. fonte correio do estado
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