Prefeitos viram alvo de golpistas em clonagem de celular em MS
Vários prefeitos de Mato Grosso do Sul têm se queixado esta semana sobre um golpe que virou febre nos últimos dias em todo país, a clonagem de aparelho de celular.
Os golpistas miram as autoridades públicas para tirar proveito de vários tipos de informações, ignorando assim a pena prevista para o crime que é de detenção de três meses a um ano, além de multa.
Pelo número de denúncias divulgado na imprensa esse tipo de golpe tomou grande proporção agora em plena pandemia da Covid-19 (novo coronavírus).
Na prática, os estelionatários pedem para confirmar informações e, no final, dizem que a vítima receberá um SMS com um código que deve ser informado.
O objetivo, porém, é subtrair dados pessoais e códigos de verificação do aplicativo de mensagens visando clonar o número e ter acesso aos dados do celular.
Uma das vítimas recentes em Mato Grosso do Sul foi o prefeito de Paraíso das Águas, Anízio Andrade, que recebeu uma ligação como se fosse do Ministério da Saúde, querendo saber informações sobre a pandemia.
Na ligação, o golpista pediu ao prefeito um código que diz ter enviado ao celular dele.
Da mesma forma, os prefeitos de Amambai, Doutor Bandeira, e de Eldorado, Aguinaldo dos Santos, também foram alvos dos criminosos.
No mais recente, também alegando ser ligação procedente do Ministério da Saúde, tentou induzir a secretária da Presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Mariana Garrido.
Nesse caso, a pessoa se identificou dizendo que estava fazendo um levantamento sobre a pandemia pelo Ministério da Saúde.
“Ele fez cinco perguntas e disse que a pesquisa iria ser registrada no site do Ministério da Saúde e, para isto, precisava enviar um código para o meu celular com três dígitos”, explicou ela, que logo percebeu o golpe e não atendeu ao falso levantamento.
Diante disso, a Assomasul alerta prefeitos e prefeitas sobre estelionatários que estão se passando por representantes do Ministério da Saúde com o objetivo de clonar contas no Whatsapp e ter acesso aos dados das vítimas, e orienta aos gestores e toda a população em hipótese alguma a clicar em link ou passar códigos recebidos de ligações ou números desconhecidos.
Nem mesmo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, escapou dos estelionatários e teve o celular clonado, após participar de uma pesquisa falsa do SUS (Sistema Único de Saúde), vinculado ao Ministério da Saúde, sobre como está o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus em MS.
“Ele falou que estava fazendo um levantamento para saber como estava o enfrentamento a uma pandemia da Covid, bem como a imunização. Eu cheguei até cobrá-lo sobre quando chegarão outros lotes de vacinas, porém ele não me respondeu. No término da ‘entrevista’, ele me mandou um código e pediu que eu digitasse uma senha, foi quando meu aparelho clonado”, contou Geraldo Resende, em entrevista à imprensa da Capital.
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