Seminário discutirá implantação de Práticas Integrativas no SUS, em Campo Grande

Imagine a possibilidade de um paciente do SUS (Sistema Único de Saúde) ter o auxílio de atividades terapêuticas e, por meio delas, reduzir significativamente o uso de medicamentos alopáticos, além de potencializar os resultados dos tratamentos de saúde?

No dia 22 de fevereiro, a Câmara Municipal de Campo Grande realizará o Seminário “Práticas Integrativas e Complementares no SUS: estratégias para seguir avançando”. O objetivo será aprofundar um tema com potencial para gerar um grande benefício à população de Campo Grande, que é a implantação destas políticas na rede pública de saúde.

O vereador Dr. Lívio, que articulou junto à Mesa Diretora da Câmara a realização do Seminário, esclarece que “apesar do Ministério da Saúde já reconhecer 29 práticas integrativas e complementares, o município precisa ter uma normativa própria, até mesmo para que possa contratar os profissionais especializados”. Ele complementa que “as práticas integrativas raramente são disponibilizadas aos usuários do SUS e os benefícios que elas podem proporcionar são inquestionáveis, pois podem contribuir muito no tratamento, na fase clínica, reduzindo o uso de medicação, dentre outros benefícios”.

Para se ter uma ideia da abrangência do tema, basta conferir a lista de práticas já reconhecidas pelo SUS: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de florais, Termalismo social/crenoterapia e Yoga.

Apesar do reconhecimento da importância destas práticas, o município de Campo Grande oferta poucas delas na rede pública de saúde, sendo que atividades como Biodança e Arteterapia encontram-se hoje associadas às ações do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS).

Cidades como Rio de Janeiro e Brasília, por exemplo, apresentam normativas locais que reconhecem não apenas as 29 práticas validadas pelo SUS, mas incluem em seu plano de atendimento municipal a Capoterapia, inserida e reconhecida como Prática Integrativa por meio de Legislação Municipal/Distrital. A relevância desta prática, desenvolvida de forma voluntária em algumas unidades de saúde do Município de Campo Grande, resultou na inclusão do tema na programação do Seminário.

A programação começará às 8h e vai até às 17 horas, com palestras, apresentações culturais, exposição de painéis, mesa redonda e demonstrações ao vivo de algumas práticas.

Fonte:Câmera Municipal de Campo Grande