O Conselho Institucional de Segurança Pública (Coised) quer o fim das remoções de policiais de Dourados para outros municípios. O objetivo é evitar o aumento no déficit de servidores públicos, que tem esgotado a capacidade de atuação das forças policiais. De acordo com o Conselho, tem sido costumeiro a lotação de servidores em Dourados, mas logo após a aprovação em concursos, ocorre a remoção, sem permuta, desses novos servidores para outras cidades.

O Conselho alerta ainda que essas remoções ocorrem, muitas vezes, por interferências políticas. Essa consatatação, segundo o Coised, frustra as instituições de segurança pública representadas na cidade, as quais aguardam com expectativa a abertura de concursos públicos para atenderem a contento suas demandas, tendo em vista que depois de receberem os novos servidores, os veem removidos, sem permuta ou substituição imediata. “Os interesse da sociedade douradense acabam sendo prejudicados”, destaca.

O Conselho sugere que a classe política de Dourados atue no sentido de desestimular remoções de servidores da área de segurança pública de Dourados para outras localidades, exceto quando se der mediante permuta ou imediata reposição.

Outra alternativa sugerida pelo Conselho seria a adoção de concursos regionalizados, onde necessariamente o candidato aprovado, uma vez nomeado e em exercício, deveria permanecer na localidade optada até o término de seu estágio probatório.

Déficit

A cidade de Dourados tem o terceiro menor efetivo da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, em relação ao índice populacional. A defasagem é próxima a 45%. Enquanto deveria ter cerca de 500 praças e 20 oficiais, o Batalhão de Dourados conta com menos de 300 praças e 8 oficiais, que são responsáveis hoje por atender numa área de 4.086,237 quilômetros quadrados e com uma população de 283.904 habitantes. Isso quer dizer que existe um policial militar para cada 960 habitantes. Os dados constam em relatório do Conselho Institucional de Segurança Pública de Dourados (Coised), que tem mobilizado as bancadas estadual e federal para que façam gestões para que os problemas da segurança pública sejam sanados. A falta de efetivo preocupa ainda mais as forças policiais, tendo em vista que Dourados está em fase de implantação uma nova Unidade Operacional, a 9ª Companhia Independente para atendimentos na região oeste da cidade e por essa razão também precisará de efetivo. Por essa razão o efetivo da Pm deveria ser de 570 praças e pelo menos 30 policiais.