Sindicato paralisa atividades de banco contra demissão

A demissão de duas funcionárias em uma das agências do banco Itaú motivou o Sindicato dos Bancários de Dourados a barrar, nesta sexta-feira (15), o expediente na agência localizada à rua João Cândido Câmara. Representantes do Sindicato estiveram no local com carro de som e espalharam cartazes pelas paredes do banco.

Não é de hoje que sindicalistas promovem manifestos contra demissões. Com número reduzido de funcionários, as agências transferem os serviços para os demais colaboradores, que passam a sofrer assédio. Na semana passada o Sindicato protestou em frente a uma agência do Bradesco, onde de acordo com os sindicalistas, foi constatado práticas que estão levando os funcionários a pedir demissão, transferências e até mesmo trazido desmotivação por conta de cobranças e metas abusivas.

No manifesto de hoje, clientes da agência eram orientados a se dirigir a um outro banco do Itaú, nas proximidades. O movimento sindical entende que o Itaú, que recentemente apresentou lucro de R$ 6.419 bilhões, “não precisava demitir ninguém”. “Mas continua pondo na rua pais e mães de família. Não bastasse isso, ainda demite depois da pessoa trabalhar o dia inteiro. É inadmissível essa postura “, questionou Raul Verão, diretor regional do Sindicato.

Somente nos últimos meses, foram três demissões no Itaú, sendo que as duas últimas ocorreram semana passada, na mesma agência. O Sindicato diz que número de funcionários atual é insuficiente para atender o público com eficiência.

O Sindicato de Dourados também representa outros doze municípios da região, que enfrentam situação semelhante, assim como em todo o país. Com a tecnologia, os bancos estão encaminhando os clientes a utilizar os atendimentos via aplicativo e, com isso, demissões estão sendo feitas em massa. Nos bancos públicos, como Caixa e Brasil, ocorrem pressões por demissões voluntárias.

Segundo Raul, na cidade de Juti, que só conta com um banco, que o Banco do Brasil, há apenas dois funcionários em atividade. Um terceiro está de licença e o quarto deixou o quadro de funcionários. “Estão precarizando as agências, o material humano está totalmente desvalorizado”, disse o sindicalista. E não há previsão de concurso para os bancos públicos – Caixa e Brasil.

Assédio

No manifesto da semana passada, segundo o Sindicato, foi constatado que em uma das agências do Bradesco em Dourados existe uma espécie de pressão diária, com situações de pressão psicológica. Também foi espalhado cartazes e faixas na agência em repúdio às atitudes, que segundo o Sindicato, aos invés de incentivar os trabalhadores, tem trazido problemas na instituição.

Fonte: DouradosAgora