Mesmo com filas de 4 horas para abastecer, população apoia caminhoneiros

O pedreiro Adailton Silva, 35 anos, chegou às 11h ao posto de combustível Corujinha JD, próximo ao terminal Bandeirantes, no sábado (26). Saiu às 15h, sem almoço, mas com um galão de 20 litros cheio de etanol. Apesar do transtorno, o apoio à greve dos caminhoneiros é incondicional.

“Não almocei, mas valeu a pena. Tem gente que não vai conseguir abastecer, mas sou totalmente a favor do movimento deles”, diz.

Entre os ouvidos pela reportagem do na tarde de sábado (26), não há manifestações contrárias ao protesto que paralisa a principal engrenagem do setor logístico do País há seis dias. As quatro horas de fila para conseguir combustível e a iminente seca dos postos não são motivos para deslegitimar a greve, acreditam.

Às 15h, o gerente do Corujinha JD, Rodrigo Guilherme, estimava que poderia atender mais 60 carros com etanol – limitados a 20 litros cada. O último carregamento de combustível chegou ao posto na quarta-feira (23).

“As filas começaram a ficar intensas às 6h30min de quinta-feira. Até quarta estava tranquilo”, conta. Guilherme crê que o estoque de etanol acaba antes do início da noite de sábado (26). Já a reserva de óleo diesel é considerada satisfatória.

O técnico de enfermagem Luiz Carlos Ribeiro, 52, procurou outros postos antes de encontrar a empresa próxima ao terminal Bandeirantes. Chegou na fila por volta das 11h30min. “Eu e minha esposa íamos para a fazenda, mas não conseguimos encher o tanque, então, não vamos mais”, diz.

Já o pintor Marcelo de Andrade, 25, era um dos últimos da linha formada para organizar o abastecimento no local. Ele ainda tinha esperanças de ser atendido. “Ficou difícil de trabalhar sem combustível nessa semana. Eu dependo disso, porque atendo nas casas das pessoas”.

Fonte: Correio do Estado – Jones Mário e Yarima Mecchi