Pai de santo é denunciado por estuprar dois garotos no Dom Antônio Barbosa
A Polícia Civil investiga um pai de santo, de 39 anos, pelo estupro de dois irmãos, de 14 e 13 anos, em Campo Grande. O crime acontecia em um terreiro de umbanda no Bairro Dom Antônio Barbosa e foi denunciado pela mãe das vítimas nesta quarta-feira (10) a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Para a delegada Franciele Candotti Santana, responsável pelo caso, a mãe dos adolescentes, de 33 anos, contou que desconfiou da situação após descobrir que o suspeito havia traído o marido com um filho de santo.
Para a polícia, a mulher relatou que no terreiro existem outros pais de santo, mas que o suspeito era o orientador espiritual dela e, por isso, confiava nele e permitia a convivência com os filhos. Ainda assim, estranhou a situação e decidiu perguntar aos adolescentes se ele já havia tentado de alguma maneira se aproximar deles de forma sexual.
Foi à reação de surpresa de um dos meninos que confirmou as desconfianças. Ele pressionou os dois que acabaram relatando sofrer abuso há pelo menos um ano. Conforme a delegada, o mais velho era vítima do pai de santo desde os 13 anos e foi estuprado várias vezes. Com o irmão dele o crime era diferente: o suspeito obrigava o menino a sentar em seu colo enquanto fazia carícias.
“Normal” – “O mais novo contou que achava errada a situação, mas ouviu do pai de santo que era normal entre homens e, por conta disso, mesmo estranhando, concordava e não contava para mãe”, explicou à delegada. Nesta tarde, os dois foram ouvidos pelo setor psicossocial.
Os abusos, conforme as vítimas, sempre aconteciam no terreiro e por conta disso, o local será visitado pela polícia, que agora investiga se o homem fez outras vítimas. “Não teve ameaça, ou uso de força, mas ele usou da fé, usou o poder de líder religioso para satisfazes a lascívia dele”, descontou Candotti.
Pai de santo também será intimado para prestar depoimento. Ele respondeu por estupro de vulnerável, já que as vítimas tinham 12 e 13 anos quando os crimes começaram, em liberdade porque não houve flagrante.
Fonte:Campo Grande News
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