Lula em reunião ministerial Foto: Reprodução

Lula chama Bolsonaro de ‘covardão’ em primeira reunião ministerial de 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro de “covardão” ao citar as investigações sobre o suposto plano de golpe de Estado no Brasil. As declarações foram feitas na manhã desta segunda-feira, 18, durante a abertura da primeira reunião ministerial de 2024 no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Ele [Bolsonaro] é um covardão. Ele ficou quase um mês chorando aqui no Palácio da Alvorada e depois foi para os Estados Unidos. Como não deu certo, então eles, agora, estão dizendo que nós estamos ferindo a democracia, que não houve nada de concreto, mas sabemos que houve a tentativa de um golpe nesse País. Quem tinha dúvida, agora a gente tem certeza de que poderíamos voltar aos tempos tenebrosos”, disse Lula.

“O governo anterior nunca se preocupou em governar esse País. Ele nunca se preocupou com a economia. Ele se preocupava em estimular o ódio entre as pessoas e continua fazendo isso do mesmo jeito. A gente agora tem mais clareza do que aconteceu no 8 de janeiro. Temos clareza ao ter depoimento de gente que estava dentro do governo dele”, completou.

Em outro momento, Lula criticou a gestão do ex-presidente Bolsonaro, afirmando que os ministérios foram encontrados “desfalcados”.

“É importante que cada um de vocês tenham a exata noção de como encontraram esse País no dia 1º de janeiro de 2023, aliás, cada um de vocês sabem como encontraram o ministério de vocês, quase todos defasados, alguns destruídos, sem metade dos funcionários que precisavam e alguns deles sem políticas públicas. Todo mundo tem noção do trabalho que fizeram para reconstruir os ministérios”

A convocação da reunião ocorre em um momento em que pesquisas de avaliação do terceiro mandato de Lula revelam uma queda na aprovação do presidente.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Quaest, 34% dos entrevistados avaliaram negativamente o governo de Lula. Em dezembro, esse índice estava em 29%. Já a avaliação positiva, registrada em fevereiro, oscilou dentro da margem de erro (2,2 pontos para mais ou para menos), passando de 36% para 35%.